Saturday, November 11, 2006

SMS

Ah, o p... e o r, então!
Pra você talvez nem faça diferença.
Prato, problema, primo.
Substantivo comum, só.
E o que me deste é mais,
Um advérbio.
Que modifica o verbo.
Mau mania minha
de amar os clichês,
Livro de cartas de amor.
Isso desde sempre,
estampado nas gramáticas,
Velho engano.
O verbo é o que menos muda.
E essa sintaxe esconde de mim
tantos segredos, seus e meus.
Um i, um n e c.
E Sou a própria Vênus.

Mas logo tudo me escapa
Quase a Clarice,
no momento da epifania.
Loja de artigos chineses,
acrílico, R$ 6,99.

Um ponto poderia permanecer
ali, estanque.
Mas você me fez ver
qual os ratinhos do Flautista de Hamelin
ipalmente em fila.
Assim sem vígulas,
Assim sem ponto.
A tela é pequena
quase nem cabe mente.
Where is my mind?
Queria dizer agora
que aboli esses sinaizinhos
numa homenagem singela.
Mas o que posso fazer?
Abolir é defectivo
na primeira pessoa.

Quero escutar euteamo
com todas as letras que existem,
e todas que nunca existirão
no nosso alfabeto.
Quase o Pessoa, assim,
a soprar em meu ouvido,
que sou amada.
E que me repitas contínua
e enfadonhamente as conhecidas
403291461126605635584000000
combinações possíveis
até que se torne verdade.
Mas se seu editor de texto,
tiver aquele recurso
que um amigo me falou...
um auto-completar a destruir
promessas de amor eterno.
t9, me disse um outro agora.

Do papel de presente
etiqueta volte sempre
direto pra estante
ao lado de um cavalo de louça.

5 comments:

Anonymous said...

Ei, minina. Tá legal. Eu preferi esse do que o outro (é q o outro eu mal entendi alguma coisa). Mas tudo bem. Continua. Continua!!! Beijão.

Anonymous said...

Pois eh
Gostei do final

sua epifania.

Eu.

André Luiz said...

Pois bem,
não precisa muito de sorte não

O acaso nessas hrs eh bem vindo.

Mesmo assim, obrigado

espero mais,
que vc vá me ver.
vc vai?

tic-tac
tic-tac
Duuuuuuuuuuuuummmmm

André Luiz said...

tic-tac
tic-tac


O que bate,
eh o relogio,
ou a caixa cardiaca?

{Foi mal, esse poema, não foi nada romantico)


tic-tac
tic-tac

Anonymous said...

esse poema...é como se tivesse durado um segundo, ou quase uma eternidade...è quase certo que ele me faz sentir tanta coisa ao mesmo tempo!! É encantador, fascinante...é enérgico!Se tivesse lido em qualquer lugar, com qualquer pseudonimo, reconheceria que era seu... Abração Maci!!!