Sunday, April 15, 2007

Basta, vê se não me amola.
Nem foste já estás de volta.
Cansei de, em vão, declarar-me a ti,
com modinhas e rodas de viola.
Não permitirei que tolas rimas entrem
nem mais uma vez por essa porta.
Só o que quero é uma gaita agora
e um blues sujo pra te maldizer.

5 comments:

Wagner Bezerra said...

Olá Marcicleide,é realmente seria mesmo um egoísmo...hehe =D

tocas blues?! é muito bom...=D

abraço! =D

André Luiz said...

Voltou!!!!!!!!!

voltou de onde?
vai para onde?

André Luiz said...

Era a imagem dela que ele gravara na memória.
Não sabia o que fizera de repente lembrá-lo e já esquecera da primeira vez que a encontrara. Mas a imagem daquela mulher, hoje desfigurada, persistia em sua mente. Ela pediu que ele se fosse, e ele obedeceu sem saber para onde ir e o que fazer; e com o sentimento de que sabia que mais uma vez estava fazendo uma grande besteira em sua vida.
No fundo, não era muito bem ele que lembrava...
Era a imagem dela que o perseguia.

André

Imperfeccionista said...

mas por favor nao cante o blues em portugues!
a sonoridade quebraria o sentimento :)
;*

André Luiz said...

Nascida de flores, qual vento a banhara?
Em fragmentos de cartas, e alguns amores.
Nasceu, enfim, essa rosa, num conjugado de dias,
sorriu e a tempestade, de forte se abrandara.
De comum acordo, sorriu-lhe as flores,
que um dia, outrora, da visita dos pássaros,
se fizeram maiores, para levá-la pelos bosques.
Mostrando a ela o poder que tinha.
Não havia, no entanto, sombra que longínqua,
não se aproximasse, para fazê-la dia.
Não houve, no mundo,
tapume de quarto,
cumeeira de casa,
que fosse maior que seu lindo canto.
Do carrilhão, foram os 42 sinetes,
que se ouviram em Meca,
no dia em que sorristes,
Do crochê molhado, não há vaso algum,
que não decassílabe as teorias quânticas.
E enquanto Recife dos tempos do Bandeira
dorme sossegado ao som Bachiano,
lá está você se matando em cálculos graxos.
Não existe nela uma oração,
prescrita no tempo, longe em antíteses.
E se por fim, vibrasse
nas mil-noites-ondas que a procedem?
E se por fim tremesse,
o seu coração,
com a valsa vienense?


André (A um ano atrás)